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Crédito Privado e seus Riscos

O investimento em CDB's e LCI's é um dos mais tradicionais do mercado de renda fixa brasileiro. Mas apesar de considerados conservadores e serem bastante conhecidos pelos brasileiros, são dois os fatores que devem ser levados em conta no momento de investir: o risco e a rentabilidade.

Risco

Ao contrário Tesouro Direto, que em última instância representa o risco soberano que é baixíssimo, esses são títulos de crédito privado, emitidos exclusivamente pelo banco. Por isso, eles possuem risco de crédito, que é a chance desse banco não honrar com o compromisso de devolver o dinheiro aplicado corrigido pela rentabilidade acordada.

E essa chance existe: muitos já foram os bancos considerados sólidos que quebraram nos últimos anos. Entre eles podemos citar o Pan Americano, Cruzeiro do Sul, BVA e Rural como os mais recentes. Mas para diminuir esse risco para o investidor, todos esses títulos são cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos. O FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que protege correntistas e investidores em caso de intervenção, de liquidação ou de falência das instituições financeiras, permitindo recuperar os depósitos ou créditos de até R$ 250 mil por CPF por instituição. Veja a definição dada pelo Banco Central. Sendo assim, para montantes até esse limite, o risco na última instância passa a ser do FGC.

Rentabilidade

Títulos privados de crédito têm a sua rentabilidade atrelada ao CDI, o que garante que ela seja melhor que a da poupança, mas sem abrir mão da liquidez. No caso do CDB (Cédula de Depósito Bancário), há possibilidade até de liquidez diária, mas provavelmente a taxa será um pouco menor do que aqueles com prazo de resgate determinado. As LCI's e LCA's (Letras de Crédito Imobiliário / do Agronegócio) têm as mesmas características do CDB mas a liquidez é menor (prazos entre 3 meses até 2 anos) e são isentos de imposto de renda.

Por serem atrelados ao CDI, há menos de 10 anos atrás muitos investidores conseguiam uma rentabilidade de 20% ao ano nesse tipo de investimento sem ao menos se preocupar com a negociação do mesmo. Hoje em dia, para conseguir taxas interessantes (que superem a poupança após o IR), é preciso barganhar com o gerente e possuir montantes mais significativos para aplicação.

Risco x Retorno

O risco está diretamente ligado à solidez da instituição e inversamente à rentabilidade oferecida. Sendo assim, grandes bancos de varejo como Caixa, Banco do Brasil, Santander, Itaú e Bradesco têm um risco muito menor do que bancos de médio porte. Por esse motivo, oferecem uma rentabilidade bem menor.

Normalmente, a diferença de taxas entre um banco de médio e grande porte giram em torno de 10% e 30% do CDI. Se considerarmos o CDI atual de aproximadamente 11% ao ano, estamos falando de uma diferença de até 3,3% ao ano.

Dito isso, para investir, prefira instituições médias minimamente confiáveis. Dessa forma, será possível investir quantias menores com rentabilidades maiores. Procure por aquelas com rating (classificação de risco) pelo menos BBB e sempre fique dentro do limite do FGC.

Se tiver dúvidas sobre como e onde alocar seus investimentos, entre em contato com um de nossos planejadores financeiros.

Emanuella Xavier - economista, planejadora financeira e sócia da WG Finanças Pessoais

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