Mais uma vez a pessoa física é pega no contra pé das suas "brilhantes" percepções. As frases mais ouvidas nos últimos 2 meses foram "essa disparada do dólar me assusta", "a inflação está voltando", "essa situação do Eike me deixou preocupado", "o governo Dilma não me passa segurança". Isso porque eu decidi tirar os outliers como "vem aí um calote".
De qualquer forma, fica mais uma vez comprovado o óbvio: a pessoa física vive na contramão do sucesso. Os CDBs passaram a render 9% ao invés de 8,5% com a alta da SELIC. O Ouro rendeu nada mais do que 11% no mês de agosto. Fundos de inflação enfim voltaram a subir após meses de baixo rendimento e até a bolsa subiu 3,6%.
Então a pergunta do título é quase uma curiosidade. Ok, não sou um alienado e percebi sim a queda do movimento no comércio e se você é um comerciante tem todo o motivo do mundo para estar preocupado. É óbvio que o Brasil movido por consumo interno está arrefecido se deslocará para o velho movimento exportador (impulsionado pelo dólar) de commodities agrícolas. Mas dai me falar que não é momento para investir devido as incertezas? O que aconteceu com o bom e velho comprar barato e vender caro?
Paremos de reclamar e comecemos a nos aproveitar do movimento do mercado! Se o dólar está subindo, invista nele! O gringo está saindo do Brasil e indo para os EUA? Vamos atrás dele! (existem sim fundos para pequenos investidores).
A única certeza que temos é que o brasileiro prefere reclamar junto que se arriscar sozinho.
Lucas Radd - economista e sócio da WGFP, planejador financeiro pessoal CFP® e gestor de carteiras CGA pela Anbima