Responda a essa pergunta simples: você ganha bem? Sem entrar no mérito de remuneração justa, se você respondeu não, é bastante provável que o motivo da sua resposta esteja não no valor do seu salário, mas sim na falta de planejamento dos seus gastos.
Na nossa sociedade, há um incentivo ao consumo por toda a parte: na TV, sites da Internet, caixa de entrada de e-mail, jornais, até mesmo dentro dos meios de transporte. Muitas vezes até o local de passeio de determinadas cidades é exatamente um centro de compras. Como resistir a tanto apelo para gastar? É possível! Reflita melhor sobre os seus gastos. Pense e responda honestamente - porque você vem gastando ultimamente?
- Gastou porque era um bem de primeira necessidade.
- Gastou porque precisava passar o tempo.
- Gastou porque queria competir com o vizinho(a) ou com o amigo(a).
- Gastou porque o vendedor foi insistente.
- Gastou porque precisava alimentar o seu ego com roupas caras, penteados da moda e últimos lançamentos de iPads.
- Gastou porque estava tudo em liquidação na loja.
- Gastou porque sofreu uma decepção e estava em descontrole emocional.
Não adianta ganhar um salário de um jogador de futebol no auge da carreira se você não se importa com o planejamento dos seus gastos e receitas. Dê valor a sua educação financeira e ao seu futuro financeiro. Roupas caras rasgam do mesmo jeito que as de outro padrão, modas passam, e iPads estragam, desatualizam e caem no chão do mesmo jeito. Se não for de primeira necessidade e seu orçamento estiver apertado, repense a sua compra.
Conviva mais com a sua família e seus amigos. Leve seu(s) filho(s) a parques. Faça exercício físico. Leia mais. Invente formas de lazer fora de shoppings.
Outro aspecto relevante é o da inflação. Em um cenário de preços altos, a pesquisa de preços deve fazer parte da sua rotina de compras.
Viva dentro do seu orçamento. Não compre o que não pertence ao seu padrão de vida. Não é coerente, por exemplo, que um estagiário (profissional no início de carreira, com um salário relativamente baixo e com muitas incertezas pela frente) contraia um financiamento de um apartamento e uma moto. Também não é coerente um indivíduo que ganha R$1.000 mensais e sustenta toda uma família, e compre um tênis de R$500. Mesmo que o pagamento seja em suaves prestações, até porque o parcelamento acaba se tornando um hábito e a fatura de cartão de crédito tende a consumir grande parte do seu orçamento.
Está pensando em fazer compras grandes, como a de uma casa? Planeje-se. Se você nem faz ideia por onde começar o seu planejamento financeiro, conte com a WG e seus profissionais.
Karina Leal - economista, CPA-20 e pós-graduada em mercado financeiro é planejadora financeira pessoal na WG Finanças Pessoais