Muitos poupadores por falta de conhecimento, por serem extremamente conservadores ou até mesmo por preguiça, preferem alocar todas suas economias na poupança. Outro grande motivo que esses investidores justificam sua aplicação é por ela ser isenta de imposto de renda. O que realmente muitos não sabem é que esse investimento tão rotulado como "sem risco" pode apresentar rentabilidade real negativa em períodos de inflação alta.
Para melhor entendimento, o poupador deve entender a diferença entre retorno nominal e retorno real. O retorno nominal é remuneração da aplicação, já o retorno real leva em consideração o desconto da alteração do poder de compra do dinheiro (efeito da inflação). O retorno nominal da poupança de Janeiro a Junho de 2014 foi de 3,47%, enquanto a inflação deste mesmo período medida pelo IPCA foi de 3,75%. Para o cálculo do retorno real, não podemos apenas subtrair inflação; devemos utilizar a fórmula de Fisher.
Considerando o cálculo pela fórmula no primeiro semestre de 2014, esses investidores receberam um rendimento real da poupança negativo de 0,26%. Seu dinheiro poupado e tão suado foi corroído pela inflação. Erros assim são comuns quando se trata de pequenos investidores e podem ser evitados.
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Frederico Portilho - sócio da WGFP, administrador de empresas, contador e pós-graduado em finanças.