A pergunta que um consultor ou gestor de investimentos mais escuta é, sem sombra de dúvidas: “Qual está sendo o melhor investimento atualmente?” Bom, nós cansamos de explicar que não existe uma aplicação melhor mas sim uma carteira diversificada com um risco e liquidez adequados ao perfil do cliente. Parece que é uma saída pela “tangente” mas não é, trata-se da mais pura verdade.

Entendo a necessidade de respostas simples e a prova disso é o sem número de listas que nos cercam. Os 100 livros, filmes, alimentos, bares, locais e outros que temos que experimentar são só alguns dos exemplos.

Enfim, seja como for, se fosse feita uma votação, aposto que nos últimos anos a grande maioria do investidores elegeriam as LCIs ou LCAs como o “melhor investimento”. Isso porque ele reúne 3 características que todo mundo adora; são isentas de IR para PF, são simples de entender e são cobertas pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

Não vou entrar no mérito de que havia outras opções tão ou mais interessantes mas o cenário atual é que esses títulos sumiram do mercado. Isso porque as LCIs tem que ser lastreadas em créditos para o setor imobiliário e as LCAs em créditos para o setor do agronegócio e com a crise atual, tanto esses setores esfriaram quanto os bancos estão menos propensos a emprestar. Dessa forma, não se surpreenda se ao receber a notícia de que algum desses seus títulos venceu, você descubra que o banco não oferece mais um semelhante ou que a taxa agora está muito menor do que antes. Essa diminuição na rentabilidade proposta se deve à famosa oferta e procura; muitos querendo renovar os títulos e pouca oferta dos mesmos nos bancos.

Dessa forma, a pergunta mais famosa de todas voltará a surgir de todos os lados por investidores que não conseguem mais suas queridinhas LCIs e LCAs. Então vou antecipar algumas propostas interessantes.

a) Os fundos imobiliários são alternativas boas para quem gosta de imóveis mas não pode investir valores altos o suficiente para comprar um imóvel físico. Nos FIIs você recebe mensalmente sua parte do aluguel, isento de IR e ainda pode ser remunerado (ou penalizado) na valorização das cotas. Essas cotas são negociadas em bolsa e portanto você precisa ter conta em uma corretora;

b) Ainda na linha dos isentos de IR, 2016 será um ano marcado pelas emissões de CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio). Já tivemos um da Bayer e teremos esse mês um da Raízen, mas outros mais virão. Esses títulos são isentos para pessoa física e estão com valor mínimo de R$ 1.000. No entanto cabe o alerta de que não são cobertos pelo FGC e são de prazo mais longo (superior a 5 anos). Isso é compensado pela elevada qualidade das empresas e pela elevada rentabilidade;

c) Para os mais arrojados vem chegando a hora de comprar algumas ações. Depois do cataclisma do ano passado e começo desse ano, o mercado vem precificando o impeachment e, com isso, oferecendo espaço para alta do Ibovespa.

Por fim, vale um recado. Todo mundo adora repetir jargões como “é na crise que surgem as oportunidades” ou “compre na baixa e venda na alta” mas quase ninguém põe isso em prática. Aproveite o momento conturbado para selecionar algumas oportunidade de ganhar um rendimento a mais para os seus investimentos. Se precisar de uma ajuda, nós da WG Finanças estamos prontos pra te ajudar.

Lucas Radd, CFA (Chartered Financial Analyst), é sócio-fundador da WG Finanças Pessoais

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