Como funciona o investimento em dólar?
Com a poupança em baixa há tempos, muito se tem falado hoje em dia sobre investimentos como CDBs, Tesouro Direto, fundos de ações, ouro. Contudo, existe um investimento de renda variável e risco razoável que é aquele feito com o câmbio.
Recentemente, o dólar voltou a disparar e passou a atrair olhares dos investidores. A moeda norte-americana está forte mais uma vez e continua a determinar os rumos no mercado internacional. Será que é possível investir em dólar e obter ótimos rendimentos com essa aplicação? Veja a seguir a melhor forma de fazer isso!
Os riscos do investimento
O dólar é uma moeda e as moedas são ativos de renda variável. Portanto, os riscos do investimento em dólar são as oscilações de preços no mercado, que acontecem principalmente em épocas de crise econômica. As variações da moeda estão sob influência contínua dos eventos mundiais, apresentando em determinados momentos tendência para a alta, em outros para a queda. Sendo assim, o ideal é que o investidor possua conhecimento suficiente na área para fazer esse investimento.
Como começar a investir
O primeiro passo é procurar bancos e corretoras de valores. Qualquer pessoa pode alocar ativos nesse tipo de fundo ou minicontrato cambial. Para compras de até U$ 3.000,00 não é necessário ter conta na instituição financeira. Compras a partir de U$ 10.000,00 precisam, obrigatoriamente, ser declaradas na Receita Federal.
As taxas cobradas
Quem investe em dólar tem que pagar Imposto de Renda, que incide sobre os rendimentos e equivale de 15% a 22,5% do lucro, dependendo do prazo de aplicação. Além do IR, incide também o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para aplicações inferiores a 30 dias. Por fim, existem as taxas de administração, que variam conforme a instituição e o fundo.
Formas de investimento
Fundos cambiais
Seu objetivo é diversificar carteiras de investimento que buscam proteção para momentos mais difíceis nos mercados globais. Assim, o valor de um fundo cambial deve ficar entre 5% e 10% da carteira de investimentos. As taxas de administração não são muito altas, pois, em geral, eles são fundos passivos (seguem um índice determinado, não necessitando de gestão complicada).
Papel moeda
É a compra direta do dólar. Também é uma forma de diversificar seu investimento em tempos de crise. Recomenda-se a compra de papel moeda para os que pretendem viajar ou adquirir produtos importados (as compras devem ser feitas aos poucos, para que se consiga uma boa cotação média). Cuidados a tomar:
- Comprando-se dólares em uma corretora de câmbio, paga-se taxa e perde-se na diferença entre os preços de compra e de venda;
- Guardar o dinheiro em casa é perigoso e implica em capital parado;
- Papel moeda é um ativo muito volátil, sendo que a valorização esperada (mesmo em casos de tendência de alta) não compensa o risco diante da taxa de juros brasileira.
Fundos multimercados
Considerada por alguns especialistas como a melhor forma de investir em dólar. Os fundos multimercados operam uma série de ativos: ações, commodities, juros, moedas. Com orientação especializada, é possível determinar os melhores momentos para o investimento.
Ações de empresas
Podem ser ações de:
- Empresas que atuam no mercado internacional: seus rendimentos derivam de operações com países estrangeiros e aumentam com a valorização do dólar (empresas de celulose e papel, etc.);
- Empresas estrangeiras negociadas na Bovespa, através de BDRs (certificados de ações).
Aplicação direta no exterior
No exterior, há muitos bons produtos financeiros disponíveis. Porém, o investidor terá que enfrentar certa burocracia. Podem-se aplicar em fundos internacionais, comodities, ações, entre outros. Você pode saber tudo sobre esta modalidade de investimento assistindo nosso webinar Investimentos no Exterior.
Se você estiver pensando em fazer investimentos, avalie a possibilidade do câmbio! Mas antes, procure orientação especializada para não ter prejuízos desnecessários. Deixe seu comentário! Sua participação é muito importante para nosso blog!