renda fixa

Você sabe o que é renda fixa?

A perda de rendimento da poupança para a inflação levou uma quantidade enorme de pessoas a descobrir uma excelente oportunidade de mercado: os ativos de renda fixa.

Será que você seria capaz de responder à pergunta “o que é renda fixa”? Conhece todas as possibilidades de ganhar dinheiro com esse tipo de ativo? Sabe como esses investimentos funcionam? Então não deixe de conferir o nosso post de hoje!

O que é renda fixa

É bem verdade que existem ativos de renda fixa que realmente possuem uma rentabilidade fixa e predeterminada como o nome dá a entender. Entretanto, sempre que você topar por aí com o nome “renda fixa”, saiba que, na realidade, o termo se refere ao fato de que o indexador do ativo é previamente conhecido.

Em outras palavras, um investidor que decide adquirir um ativo de renda fixa sempre saberá, antes de sua compra, ou exatamente qual será o rendimento daquele ativo, ou qual será o índice utilizado para defini-lo. Isso permite que você projete qual será o seu ganho final na aplicação.

Indexadores

Existem poucos tipos de indexadores para os ativos de renda fixa. Alguns deles, por exemplo, indexam seu rendimento aos índices de inflação IPCA ou INPC e, dessa forma, possuem uma rentabilidade igual à inflação acumulada do período de validade do título — que possui o intuito de recuperar o poder de compra perdido durante este tempo —, mais um rendimento extra como forma de garantir um lucro real aos seus proprietários.

Outros ativos, porém, indexam seu rendimento direta ou indiretamente à taxa básica de juros da economia, a Selic. Os ativos que o fazem diretamente não possuem nenhum segredo, rendem iguais ou bastante próximos à Selic.

Os que o fazem indiretamente, porém, utilizam os Certificados de Depósitos Bancários para isso, chamados de CDI. Esse rendimento é indiretamente ligado à Selic porque o CDI, que também é um ativo de renda fixa — mas que não pode ser adquirido por pessoas físicas —, rende sempre bastante próximo a ela.

No mercado brasileiro é possível adquirir uma grande variedade de ativos de renda fixa, que se dividem em dois grandes grupos: os títulos privados e os títulos públicos. Entenda mais sobre eles:

Títulos Privados

CDB

O primeiro título privado de nossa lista é o CDB. Sigla para Certificado de Depósito Bancário, esse ativo trata-se, basicamente, de um empréstimo feito por pessoas físicas ou jurídicas aos bancos que, posteriormente, irão utilizar este dinheiro para ofertar crédito ao mercado.

A rentabilidade de um CDB pode se dar de três maneiras diferentes: pré-fixada, indexada ao CDI, ou indexada a algum índice de inflação — geralmente é o IPCA.

A liquidez — que poder até mesmo chegar a ser diária —, a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para valores que não ultrapassem os R$ 250 mil e a isenção de cobrança de taxas de custódia são as principais vantagens deste ativo.

Por outro lado, porém, o imposto de renda, com alíquota que pode ir de 22,5% até 15%, dependendo do prazo de vencimento do CDB, é sua principal desvantagem. Além disso, para operações com prazo inferior a 30 dias, o investidor também precisará pagar IOF.

LCI/LCA

Seguindo nossa lista, falaremos agora das Letras de Crédito Imobiliária e do Agronegócio ou, como são popularmente chamadas, LCI e LCA. Esses ativos funcionam de maneira semelhante ao CDB, mas os bancos que os vendem ofertam crédito, obrigatoriamente, ao setor imobiliário, no caso da LCI, e ao setor de agronegócio, no caso da LCA.

O rendimento aqui pode ocorrer de duas maneiras distintas, sendo a primeira delas pré-fixada, e a segunda, e mais comum, indexada ao CDI, pagando uma porcentagem do rendimento deste.

LCI e LCA são bastante populares e não é nenhum mistério entender porque isso acontece. Afinal, pessoas físicas que investem nesses ativos são isentas do pagamento de imposto de renda — sobre pessoas jurídicas incidem as mesmas alíquotas citadas para o CDB.

Além disso, outro ponto que pesa em sua popularidade é o fato de que esses títulos privados também contam com garantia integral por parte do FGC para valores que não ultrapassem o teto de R$ 250 mil.

Entre suas desvantagens estão sua baixa liquidez e o relativo alto valor mínimo de investimento, o que torna o ativo não muito acessível a uma considerável parcela de investidores.

Debêntures

Diferentemente do que acontece com os dois ativos citados acima, debêntures não são emitidos por empresas ligadas ao setor financeiro, mas sim por empresas que necessitam de capital para expandir seus negócios, para pagar dívidas ou qualquer outro motivo que demande capital.

O rendimento dos debêntures é totalmente regulado pelo mercado. Empresas mais sólidas e que passam mais confiança aos credores pagam menos juros àqueles que compram seus títulos privados.

Por outro lado, empresas que possuem uma menor confiança do mercado precisam pagar taxas de juros maiores para compensar o maior risco que assumem aqueles que compram títulos privados de posse destas.

Assim, em comparação aos ativos mencionados anteriormente, os debêntures podem tanto possuir a desvantagem de ser investimentos mais arriscados, como a vantagem de oferecer um rendimento maior. Tudo dependerá da empresa que o investidor decidirá aplicar seu dinheiro.

Títulos Públicos

Tesouro Direto

Cobrar impostos da população é a principal forma de arrecadação que o governo possui para sustentar toda a máquina pública, mas não é a única. Uma considerável parte do dinheiro do orçamento anual do Estado vem da comercialização de títulos públicos através de um sistema chamado Tesouro Direto.

Esse sistema, atualmente, comercializa cinco diferentes tipos de títulos públicos, sendo dois pré-fixados e três pós-fixados. Os ativos pré-fixados são o Tesouro Pré-Fixado (LTN) e o Tesouro Pré-Fixado com juros semestrais (NTN-F). Esses títulos funcionam exatamente como seus nomes dão a entender.

No primeiro, o rendimento é predeterminado e a diferença entre o valor pago pelo ativo e o valor recebido na data de seu vencimento corresponde à taxa de juros da operação. O segundo funciona da mesma maneira, porém, como o nome já diz, o investidor recebe semestralmente e não integralmente após o vencimento do ativo.

Os ativos pós-fixados são o Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal), o Tesouro IPCA+ com juros semestrais (NTN-B) e o Tesouro SELIC (LFT). Como mais uma vez pode-se perceber, os dois primeiros possuem seus rendimentos indexados ao IPCA e têm como única diferença entre si a possibilidade de recebimento semestral no segundo.

O Tesouro SELIC, por sua vez, possui seu rendimento atrelado à taxa básica de juros da economia, o que faz com que ele seja a melhor opção quando a expectativa futura é de aumento dessa taxa.

As vantagens de investir no Tesouro Direto são inúmeras. Em primeiro lugar, podemos destacar uma das melhores taxas de risco x retorno do mercado. Outro ponto positivo desse ativo está na garantia de recompra por parte do Tesouro Nacional, o que faz com que sua liquidez seja até mesmo diária.

Além disso, o Tesouro Direto é extremamente fácil de ser acompanhado e é altamente acessível aos pequenos investidores, que podem começar a aplicar quantias a partir de R$ 30.

O investidor que decide aplicar seu dinheiro no Tesouro Direto, porém, não está isento do pagamento de imposto de renda e nem do pagamento das taxas de custódia e serviço, sendo estes os principais pontos negativos de quem opta por esse tipo de aplicação.

E então? Gostou do post de hoje? Conhece pessoas que não sabem o que é renda fixa e que se interessariam pelo tema? Compartilhe nosso conteúdo em suas redes sociais!

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