Você sabe o que é FGC e como ele funciona?
Se você é investidor ou conhece o mercado financeiro, com certeza já ouviu falar no Fundo Garantidor de Créditos. Diversas opções de investimento no Brasil possuem a proteção do chamado FGC. Mas você sabe ao certo como ele funciona? Quais aplicações ele assegura? Preparamos o post abaixo explicando tudo sobre suas características e como ele pode servir para tranquilizar seus investimentos. Quer saber mais sobre o FGC? Confira!
O que é FGC?
O Fundo Garantidor de Crédito, ou FGC, é uma entidade privada que existe para servir como um instrumento de proteção ao sistema financeiro, oferecendo segurança a todos os correntistas, poupadores e investidores do país.
Criado em 1995, ele funciona como um fundo de garantia que permite a recuperação do dinheiro depositado em alguma instituição financeira em caso de liquidação extrajudicial, falência, insolvência ou da mesma.
O fundo é mantido por todas as instituições reconhecidas pelo Banco Central que participam do sistema financeiro nacional, como: os bancos (múltiplos, comerciais, de investimento, de desenvolvimento e a Caixa Econômica Federal); as sociedades de crédito de financiamento, de crédito de investimento e de crédito imobiliário, as associações de poupança e empréstimo e as companhias hipotecárias, em funcionamento no Brasil.
O dinheiro para compor o fundo é recolhido através de uma contribuição mensal de 0,0125% sobre todo dinheiro que os correntistas possuem em aplicações, depósitos e investimentos. Essa quantia é uma obrigação direta sobre as instituições; logo, o cliente não é cobrado diretamente para ter a proteção do FGC.
Como funciona o FGC?
O FGC oferece aos investidores uma cobertura de até R$ 250.000 por instituição financeira. Ou seja, isso significa que cada pessoa ou empresa tem até R$ 250 mil assegurados e protegidos de qualquer eventualidade em cada banco diferente que possua aplicações.
Vamos a um exemplo: você tem um total de R$ 400.000 investidos em poupança, CDB e LCI de um mesmo banco. Se porventura essa instituição falir, você receberá automaticamente apenas os R$ 250.000 cobertos pelo FGC. Quanto ao valor restante (R$150.000), você terá que cobrar diretamente da instituição ou recorrer na Justiça, tendo que esperar todo o processo de falência junto com os outros credores para receber seu dinheiro.
Quais aplicações são garantidas pelo FGC?
Os investimentos, depósitos e créditos protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos são:
- Depósitos à vista (Conta-Corrente);
- Depósitos a prazo (RDB — Recibo de Depósito Bancário e CDB – Certificado de Depósito Bancário);
- Depósitos de poupança (Caderneta de Poupança);
- Letras imobiliárias (LI);
- Letras de crédito imobiliário (LCI);
- Letras de crédito do agronegócio (LCA);
- Letras hipotecárias (LH);
- Letras de câmbio (LC);
- Depósitos em contas não movimentáveis referentes a pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares;
- Operações compromissadas de títulos emitidos após 8 de março de 2012 por empresa ligada (Compromissadas).
É importante lembrar que o FGC não garante diversos outros tipos de investimento, como o Tesouro Direto, Fundos de Investimento, Letras Financeiras, Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRA), Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), compra e venda de ações na Bolsa, entre outros.
Existe risco mesmo nos investimentos garantidos pelo FGC?
Sim. Mesmo quando o tipo de aplicação possui garantia pelo FGC, o investidor deve considerar o chamado “risco de precisar da garantia”. Apesar da segurança de ter até R$ 250.000 protegidos pelo fundo, isso não significa que você não enfrentará problemas se alguma eventualidade acontecer com sua instituição financeira.
Após a falência e intervenção do Banco Central, o processo de restituição do dinheiro dos clientes pode demorar um tempo considerável, que pode ser de semanas, meses e até anos. Isso pode trazer prejuízo para o investidor que precisar utilizar o dinheiro em curto prazo, pois o mesmo ficará preso com o governo até sua liberação.
Por esse motivo, é recomendável avaliar com cuidado os bancos e instituições menores que oferecem aplicações com taxas de juros muito atraentes. Quanto maior for a rentabilidade, provavelmente maior será o risco envolvido, pois quanto mais frágil e instável é a instituição, mais ela terá que pagar para atrair investidores.
Ficou alguma dúvida sobre o que é FGC? Faltou alguma informação que você gostaria de completar? Deixe seu comentário abaixo!